MEDIDAS PARA ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA COVID-19
No dia 20 de março de 2020, foi decretado o estado de calamidade pública no país em razão da pandemia causada por um novo coronavírus.
O Decreto nº 10.282 incluiu as atividades de tecnologia de informação entre as atividades essenciais, classificadas pelo governo como “indispensáveis ao atendimento das necessidades” que, se não atendidas, “colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população”.
Tendo em vista que as empresas de TI prestam serviço para outros setores não essenciais, que estão paralisados, neste momento, muitas empresas, estão com considerável redução nas demandas, e, por consequência, poderão ter que desligar seus colaboradores, caso esta situação de isolamento social permaneça por longo período.
A preservação de fluxos de trabalho, de ensino, de acesso a informações sobre saúde e também de lazer depende consideravelmente dos serviços de tecnologia da informação para que sejam mantidos com qualidade e eficiência.
Neste momento, os serviços de economia digital no País precisam estar em perfeito funcionamento e pleno atendimento, diante da demanda de acessos, e de forma alguma pode correr o risco de sofrer um “apagão”.
Todavia, as restrições que estão sendo impostas – como dificuldade de locomoção, regime de trabalho home office, bem como limitação de número de pessoas por local - poderão dificultar a prestação do serviço e, por consequência, o pagamento da remuneração dos colaboradores.
Certamente, precisamos defender a vida humana - ela é o bem maior - mas, muitas medidas de isolamento social adotadas pelas autoridades, necessárias, porém drásticas, impactam tanto à população, como a economia e o funcionamento das empresas.
Como entidade representante de mais de 121.000 empresas de pequeno, médio e grande porte do setor de tecnologia de informação, consideramos ser nossa obrigação apresentar propostas concretas, para o enfrentamento responsável dos graves problemas sociais e econômicos gerados pela disseminação do novo coronavírus, respeitando os valores constitucionais do Estado Social e da ordem democrática.
A imposição de lockdown indefinido pelos governantes poderá paralisar a economia, trazendo uma onda posterior de GRAVE depressão econômica que gerará uma crise social muito mais profunda.
Defendemos a retomada da economia gradual e não a paralisação, pois o isolamento geral poderá gerar o empobrecimento da população, a aguda deterioração dos recursos públicos e a inevitável escassez de insumos.
Entendemos urgente a execução de medidas para a retomada dos empreendimentos no País, assegurando a preservação dos milhares de empregos gerados pelo setor, visto que com a crise econômica que assola o Brasil, poderemos ter muitas empresas “saudáveis” e eficientes em situação de falência – o que, certamente, aumentará as consequências sociais negativas.
Conclamamos as autoridades para que haja um imediato alinhamento entre os governos municipais, estaduais e federal, evitando-se radicalismos e disputa por protagonismos nos mais diversos níveis.
Temos certeza de que, com o emprego de medidas prudentes, responsáveis e alinhadas entre os todos os poderes e esferas será possível elaborar um plano estratégico para a retomada das atividades econômicas o mais breve possível, desde que evidentemente observadas e rigorosamente aplicadas as determinações emanadas do Ministério da Saúde como forma de não colocar em risco a saúde e a vida dos brasileiros.
A FENAINFO ESTÁ E ESTARÁ SEMPRE A FAVOR DO BRASIL.
Juntos somos mais fortes!
Publicado em: 26/03/2020 19:00:00
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