Nessa edição, o Fenainfo Notícias traz entrevista exclusiva com Valter Nagelstein, candidato a deputado federal pelo MDB/RS.

Nessa edição, o Fenainfo Notícias traz entrevista exclusiva com Valter Nagelstein, candidato a deputado federal pelo MDB/RS.

Nessa edição, o Fenainfo Notícias traz entrevista exclusiva com Valter Nagelstein, candidato a deputado federal pelo MDB/RS. Nagelstein é advogado, foi Secretário Municipal da Indústria e Comércio de Porto Alegre e, como vereador, criou a Frente Parlamentar de Tecnologia e Inovação da Câmara Municipal de Porto Alegre. Para o candidato, o Brasil só voltará a crescer se houver investimento tecnológico. “A indústria de alta tecnologia tem valor agregado e gera empregos com remuneração mais alta. É preciso criar políticas públicas para fortalecer as empresas, e isso inclui a concessão de incentivos tributários”.

Como criador da Frente Parlamentar de Tecnologia e Inovação da Câmara Municipal de Porto Alegre, qual a importância de se investir no desenvolvimento tecnológico para um país com as características do Brasil? 
É um investimento estratégico. Todos os países como o Brasil, que repousam a sua matriz produtiva em commodities, se esta é a única matéria básica, acaba por desvalorizar a economia frente aos produtos com alto valor agregado em tecnologia. Tudo que o país precisa é enriquecer e gerar oportunidades. E isso só será possível se houver investimento em tecnologia para superar a crise econômica. A indústria de alta tecnologia tem valor agregado e gera empregos com remuneração mais alta. É preciso criar políticas públicas para fortalecer as empresas, e isso inclui a concessão de incentivos tributários.


Nos dias 23 e 28 de maio desse ano, Câmara e Senado, aprovaram, respectivamente, a manutenção da desoneração da Folha, dentre os vários setores, o de TI. Que importância o Sr vê nessa medida para o Brasil?  
Há muito tempo se lutava pela desoneração da folha de pagamento, uma folha que compunha aquilo que se chama custo Brasil e que influi na competitividade da indústria Nacional frente à economia global, tornando o excesso de encargos da nossa economia altamente nocivo à capacidade competitiva dos novos empreendedores. Portanto, desonerar folha de pagamento, diminuir tributos, tornou o estado mais leve e menos burocrático, o que é fundamental para que o Brasil possa encontrar o rumo do desenvolvimento econômico sustentável. 


Atualmente existem na Câmara alguns projetos em tramitação que envolvem diretamente o setor de tecnologia da informação e comunicação: um deles é o PL Nº 1292/1995 que trata da modernização da Lei de Licitações, cujos objetivos são assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado mais vantajoso para a administração pública, e assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a justa competição. Como candidato a Deputado Federal, como o Sr vê esse tipo de projeto?  
A Lei das Licitações nasceu com o propósito de tornar um certame competitivo e fazer com que a disputa por recursos públicos seja isonômica e transparente. Porém, ao longo do tempo temos visto que ela tem sido extremamente burocrática,  não tem sido eficaz o suficiente para evitar a corrupção, e em muitos casos, vemos elementos propor o menor preço que no final, fazem com que o estado acabe pagando mais caro. Então é preciso modernizar a Lei garantindo a transparência, a isonomia, mas ao mesmo tempo aperfeiçoar essas fragilidades que a experiência mostrou que precisam ser superadas. 


Que propostas para o crescimento do setor pretende apresentar no Congresso? 
Minha plataforma é clara. Defendo setores estratégicos de inovação e tecnologia, a biotecnologia, a Aviação Civil, os novos materiais o hardware e software, enfim, as várias cadeias produtivas que são estratégicas para que um país possa se incluir no cenário internacional; defendo que as empresas possam ter condições de competitividade como faz hoje Israel, os Estados Unidos e a Irlanda, como fizeram os Tigres Asiáticos, e a Índia que hoje em dia desponta, também, como uma importanteplayer nesse setor. O Brasil tem que olhar os batimentos do mundo, tem que fazer esse dever de casa. Há muito tempo se fala em política de fomento, em promoção ao desenvolvimento de diversos setores estratégicos baseados em inovação, mas nada disso vai acontecer se nós não tivermos a matéria prima para isso, que é uma educação de melhor qualidade. Precisamos formar jovens e estimular que busquem carreiras na área da inovação, da engenharia, da análise de sistemas, enfim, dessas novas competências que surgem no bojo da quarta Revolução Industrial, que já está acontecendo no mundo, e que nós, infelizmente, ainda estamos tateando


Publicado em: 19/09/2018 12:35:33